quarta-feira, setembro 29, 2004

 

Portugal pode perder a face no maior laboratório de física de partículas

Através dos FísicosLX descobri uma notícia que provocou a minha indignação, é assim que vamos acompanhar o desenvolvimento europeu? Vergonhoso!

terça-feira, setembro 28, 2004

 

XII Congresso Anual da Sociedade Portuguesa de Estatística

Irá decorrer nos dias 29 de Setembro a 2 de Outubro, nas instalações do ÉvoraHotel, o XII Congresso Anual da Sociedade Portuguesa de Estatística.
Os principais objectivos do Congresso são:
_Estimular a produção científica nacional, nas vertentes teórica e aplicada;
_Promover a divulgação dos recentes desenvolvimentos das Probabilidades e Estatística e das suas aplicações;
_Incentivar a troca de experiências na área do ensino da Estatística e Probabilidades;
_Reforçar a afirmação e coesão da SPE.

Para mais informações consultar aqui:

 

Erasmus Mundus

O Programa Erasmus Mundus é um programa de cooperação e mobilidade no campo de ensino superior. Visa promover um relacionamento entre diferentes culturas através da cooperação com países terceiros. Tem por objectivo apoiar a criação de Cursos de Mestrado de reconhecida qualidade e interesse científicos, incrementando a visibilidade das instituições de ensino superior europeias em países terceiros. Consequentemente, prevê a atribuição de bolsas de estudo a alunos oriundos de países terceiros para frequência dos mesmos Cursos de Mestrado e a atribuição de bolsas de estudo a cidadãos da U.E. que pretendam desenvolver estudos de pós-graduação em países terceiros. O Programa compõe-se das seguintes acções específicas:

Acção 1
ERASMUS MUNDUS Masters Courses;

Acção 2
Bolsas "Scholarships" para estudantes e docentes de países terceiros;

Acção 3
Constituição de parcerias com universidades de países terceiros; (candidatura após um
ano da aprovação do consórcio e da consequente aprovação do ERASMUS MUNDUS
Master Course). A existências destas parcerias são fundamentais para a existência de
mobilidade de estudantes, docentes e técnicos para as universidades de países
terceiros.

Acção 4
Projectos que visem a "attractiveness" (dimensão internacional da avaliação de
qualidade, reconhecimento, desenvolvimento curricular e mobilidade, publicações,
promoção, etc.

Mais informações aqui.

segunda-feira, setembro 27, 2004

 

Como financiar Ensino Superior?

Luís Aguiar-Conraria do Nas fronteiras da dúvida sugere soluções para financiamento do Ensino Superior, a reflectir.

Como financiar Ensino Superior? Uma proposta. (Parte 1)
Como financiar Ensino Superior? Uma proposta. (Parte 2)

domingo, setembro 26, 2004

 

Grande maioria dos cursos superiores passa a ter três anos

"A partir do próximo ano lectivo a grande maioria dos cursos superiores passa a ter a duração de três anos, anuncia a ministra da Ciência e do Ensino Superior. O Estado terá de garantir durante aquele período o exercício de uma profissão ou de uma actividade no mercado laboral."

Uma notícia para seguir aqui, aqui e aqui.

 

Investigadora portuguesa apresenta novo laser de raios-X

"Uma investigadora portuguesa integrada numa equipa internacional conseguiu emitir pela primeira vez um laser de raios-X, uma tecnologia que poderá ser utilizada para obter imagens dinâmicas do processo de evolução das células. O trabalho de Marta Fajardo é descrito na edição de hoje da revista científica "Nature"."

Uma notícia para seguir aqui.

 

Estudantes dizem que Declaração de Bolonha vai excluir ainda mais portugueses

"Estudantes do ensino superior afirmaram hoje, em Coimbra, que a Declaração de Bolonha, para uniformização de licenciaturas e promoção da mobilidade, é mais um instrumento de exclusão, que em Portugal acentuará a elitização da educação."

Uma notícia para seguir aqui.

 

Universidades portuguesas acolhem Erasmus Mundus

"Cinco universidades – Nova de Lisboa, Católica, Trás-os-Montes e Alto Douro, Aveiro e Algarve – e um Instituto Politécnico – de Tomar – portugueses estão entre as 82 instituições de ensino europeias escolhidas pela Comissão Europeia como anfitriãs do novo programa Erasmus Mundus. A iniciativa tem por objectivo garantir não apenas o acesso a Masters de alta qualidade, mas também a circulação de estudantes e universitários de todo o mundo, de dentro e de fora da Comunidade Europeia."

Uma notícia para seguir aqui e aqui.

sábado, setembro 25, 2004

 

1ª fase de acesso ao Ensino Superior - Universidade de Évora

Na 1ª fase de acesso ao Ensino Superior, foram preenchidas 728 vagas das 1027 disponíveis na Universidade de Évora, o que corresponde a 70% de ocupação.
Ficaram completos 12 cursos: Arquitectura, Arquitectura Paisagista, Bioquímica, Economia, Educação Física e Desporto, Geografia, Gestão, Medicina Veterinária, Psicologia, Sociologia, Artes Visuais, Turismo e Desenvolvimento. Com maior dificuldade de preenchimento ficaram: Engenharia Geológica, Engenharia Mecatrónica, Física, Engenharia Biofísica, e cursos da área de ensino. Aguarda-se a 2ª fase de acesso.

Fonte: Ensino Magazine (versão impressa)

quinta-feira, setembro 23, 2004

 

Ponto Media

Ponto Media é um blogue do jornalista António Granado, com informações sobre a blogosfera e não só.
Foi através do
Ponto Media que tomei conhecimento que a universidade de Warwick, no Reino Unido, lançou um sistema para que cada aluno tenha o seu próprio weblog.
Mais um endereço a ter em conta para quem estiver a pensar em criar um blogue.

quarta-feira, setembro 22, 2004

 

Programa de Reconversão Profissional de Licenciados

No âmbito do programa de Reconversão Profissional de Licenciados do Ministério da Ciência, Inovação e Ensino Superior (MCIES), a Universidade de Évora assegura vagas de acesso a 9 cursos.
Para Engenharia Mecatrónica abriram 7 vagas, como requisito de Acesso os candidados terão de ser licenciados em: - Ensino de Física e Química; - Ensino de Matemática; - Ensino de Física.
Mais informações no Edital.

 

7ª Conferência sobre Redes de Computadores



Irá decorrer nos dias 7 e 8 de Outubro, em Leiria, a 7ª Conferência sobre Redes de Computadores, organizado pela Fundação para a Computação Científica Nacional.
O tema principal será "Mobilidade, Segurança e Qualidade de Serviço numa nova Geração da Internet".
Para mais informações: http://www.fccn.pt/crc2004/

terça-feira, setembro 21, 2004

 

O PC da nossa ME

O Barnabé desvenda a origem dos problemas na colocação dos professores. Eis a causa, o PC da nossa ministra:


 
ajude-nos a dar-lhe colo... vai ver que não pesa nada!
Carrega no botão, não custa nada!

 

Quem mais “sabe” mais ganha

Um artigo do Diário Económico revela um estudo da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), sobre o nível de educação nos países membros.
Este estudo revela que "A educação tem em Portugal das mais elevadas taxas de rentabilidade da OCDE. Mas os portugueses são os que têm menos anos de escola. "
Um artigo interessante!



 

Estudantes regressam aos protestos

Manifestação dos estudantes do ensino superior no dia 4 de Novembro em protesto contra a política de ensino superior.
Os estudantes vão exigir um aumento das deduções fiscais dos gastos com educação, uma vez que as famílias estão a gastar cada vez mais com a frequência do ensino superior.
Os estudantes estão contra a proposta de revisão da Lei de Autonomia Universitária e exigem a revisão do Estatuto da Carreira Docente Universitário. O protesto é também contra o aumento de propinas e as dotações orçamentais para 2005.

Esta notícia pode ser acompanhada no Diário Económico.

domingo, setembro 19, 2004

 

Ministra da Educação vai participar em debate na RTP1

Notícia publicada no diáriodigital:

"A ministra da Educação, Maria Carmo Seabra, vai participar num debate no programa «Prós e Contras», que vai ser exibido na próxima segunda-feira na RTP1.

O debate, que será intitulado «O novo ano lectivo perspectiva uma escola melhor?», vai colocar em discussão, entre outros assuntos, os sucessivos atrasos nas colocações dos professores, o insucesso escolar e a gestão da educação.

O programa será moderado pela jornalista Fátima Campos Ferreira e está previsto para iniciar-se às 22:00 horas."

 

Aluno avalia Professor

Sou da opinião de que os alunos deveriam avaliar os professores, essa avaliação deveria ser uma componente da avaliação global, influenciando assim na progressão da carreira do docente. Há professores que não concordam serem avaliados pelos alunos, provavelmente, as razões destes professores seja a falta de confiança na sua capacidade pedagógica, ou receio de perder a sua autoridade (para não dizer, em alguns casos, autoritarismo).

O Aluno desde o secundário aprendeu a não confrontar o Professor, é uma atitude enraizada na mente dos alunos. Há que mudar essa mentalidade, há que exigir qualidade no ensino, ou teremos que aceitar a crítica de sermos “massa amorfa e que se arrastam pelos corredores das faculdades”?. A luta pela qualidade de ensino deve ser prioritária.

Os métodos de ensino dos professores devem ser respeitados, e as reivindicações devem ser realizadas após reflexão, não de uma forma impetuosa, só assim a nossa opinião será aceite!

Há algum tempo que tenho vontade abordar este assunto, talvez este não seja o timming certo, mas após a leitura de um artigo de Luís F. G. D. Aguiar-Conraria (Nas Fronteiras da Dúvida) sobre este tema, decidi lançar esta discussão entre os meus colegas. Não resisto em transcrever alguns parágrafos do artigo de Luís F. G. D. Aguiar-Conraria:


"Acho sempre notável que alguns professores se recusem a ser avaliados pelos alunos. O principal argumento é o medo do espírito mesquinho e de vingança dos estudantes, a par com a subjectividade que qualquer avaliação encerra. E o contrário? Não é verdadeiro? Quantos de nós não conhecem casos de pura mesquinhez de alguns professores quando avaliam os alunos? E a subjectividade na avaliação dos alunos, não existe? Pessoas que se recusam a ser avaliadas, deviam, por coerência intelectual, recusar-se a avaliar, pelo que não deviam ser professores.

(...)

O que é um bom professor? A resposta a esta pergunta não é assim tão complicada. O que é um bom estudante? A resposta à primeira pergunta está na resposta à segunda. Um bom estudante estuda. Um bom professor estuda também. Um bom aluno sabe a matéria que lhe ensinaram. Um bom professor percebe o que ensina. Um bom aluno questiona o professor. Um bom professor estimula as questões do aluno. Um aluno deve ser curioso e fazer perguntas e questionar certezas. Um professor deve ficar contente de cada vez que não sabe responder a uma questão.

(...)Compreendo também que haverá alguns bons professores que serão injustiçados se um sistema de avaliação pedagógica, com consequência, for levado avante. Mas não nos esqueçamos de quantas injustiças são criadas ao não haver uma avaliação séria dos professores. É injusto para os alunos. É injusto para os pais. É injusto para os bons professores. É injusto para os potenciais bons professores que não encontram colocação nem nas universidades nem nos politécnicos (e, já agora, nem nas escolas secundárias).

Sabemos que muitas instituições de ensino superior são instituições acomodadas. Sabemos também que há muitos professores acomodados e desencantados. A mudança não partirá da universidades e politécnicos. Terão de ser os alunos a ser mais exigentes e reivindicativos. Terão de ser os alunos a revindicar mais qualidade, em vez de menos propinas.
(...)"


Podes dar a tua opinião nos comentários!

sexta-feira, setembro 17, 2004

 

XI Campeonato da Europa de Horseball


Está a decorrer em Reguengos de Monsaraz, o XI Campeonato da Europa de Horseball, amanhã um dia em cheio com 4 jogos.
A não perder o Portugal x Espanha, amanhã às 18h00!
Consulta o calendário.

quinta-feira, setembro 16, 2004

 

Festival de Teatro de Amadores de Évora - FESTAE

Já foi divulgado neste blogue, mas para quem já se esqueceu: começa amanhã a XVIII edição do FESTAE – Festival de Teatro de Amadores de Évora.
Não deixes de consultar o Programa!

 

A Construção do Saber

"Foi notícia recente a finalização da construção de casas para famílias carenciadas da região de Braga através da mão-de-obra de jovens ingleses, que em tempo de transição para o ensino superior, dedicam um ano sabático a trabalhar para uma associação que desenvolve em todo o mundo projectos neste campo. (...)

(...)Agora, no caso de Braga, como em muitos outros possíveis exemplos, é fundamental destacar a importância do trabalho voluntário de jovens, que cruzando fronteiras, emprestando o seu tempo e, com certeza, o seu entusiasmo, se dedicaram a uma importante causa humanitária. Também nós temos os nossos jovens que, por cá ou em muitos outros países de que é impossível não destacar os africanos de língua oficial portuguesa, o Brasil e, mais recentemente, Timor, emprestam anualmente um tempo das suas vidas para intervir, criar, construir. São sempre muitos, eventualmente mais do que algumas pessoas poderiam imaginar, e a coordenação dos seus esforços deve-se quase sempre a organizações não governamentais de carácter habitualmente nacional, mas também internacional.

Só que, nem sempre, esses rapazes e raparigas de boa-vontade são por isso recompensados nas suas carreiras académicas, uma vez que o nosso sistema de ensino não permite, entre outras coisas, a possibilidade da existência de um ano sabático na transição entre o 12º ano e a entrada na universidade. Bastaria para isso que, muito simplesmente, a média obtida na avaliação final desse ano fosse válida por mais um ano, permitindo assim uma justa margem de manobra para quem optasse por estas actividades. Em Inglaterra, país que para este caso serve bem de exemplo, quase 80 por cento dos jovens opta por viver este ano de forma descomprometida, organizando-se em experiências de vida que são facilmente enriquecedoras; optando por trabalhar para ganhar dinheiro, para depois, nos meses seguintes, viajar, ou por emprestar as suas capacidades a acções humanitárias ou outras, muitos vêem assim as suas vidas preenchidas de factos que aumentam a visão sobre si próprios e os outros, e lhes dão maior capacidade de autonomia, tolerância, conhecimento.

Mas, em Portugal, ousar preencher assim um ano é fazer o que seguramente muitos considerariam um tiro no escuro, um desperdício, uma loucura ou um capricho de aventura, uma perda de tempo, só para citar algumas visões possíveis de muitos pais, escolas e, pasme-se, de um bom número de rapazes e raparigas que, mediante a pressão escolar a que estão sujeitos, não têm já capacidade de se abstraírem de um sistema em que se movem e foram educados. (...)

(...)Mas, em Portugal, ousar preencher assim um ano é fazer o que seguramente muitos considerariam um tiro no escuro, um desperdício, uma loucura ou um capricho de aventura, uma perda de tempo, só para citar algumas visões possíveis de muitos pais, escolas e, pasme-se, de um bom número de rapazes e raparigas que, mediante a pressão escolar a que estão sujeitos, não têm já capacidade de se abstraírem de um sistema em que se movem e foram educados.

Muitas pessoas queixam-se de que os adolescentes que deixam o secundário para entrar no ensino superior são frequentemente imaturos, exercem uma forma de estudo e de aplicar o conhecimento muito limitada à mera repetição de conceitos memorizados e que, acima de tudo, não parecem ter uma experiência prática de vida que os enriqueça enquanto pessoas, primeiro, e como futuros profissionais, depois. Mas, afinal, a questão é também a seguinte: que se faz para lhes proporcionar essas oportunidades e a concretização real de muitos desses seus sonhos e desejos? Atabafados por um ritmo de ensino que não permite espaço para respirar e mergulhar, nem que seja por um tempo determinado nessa realidade da vida, esses rapazes e raparigas organizam-se apenas dentro do que lhe é possível ou permitido. E isso é, obviamente, pouco. Restam, por isso, aqueles que fazem do seu voluntarismo um acto de coragem e de abnegação e ousam prejudicar-se numa carreira académica para parar, partir e conhecer. Mas são esses que, um dia, serão com certeza recompensados, e mesmo que nem sempre tal aconteça de forma explícita nos seus currículos, acontecerá na riqueza das suas experiências emocionais, num espaço e num tempo marcado pelo gosto de dar e, assim, receber. Por isso, serão possivelmente profissionais mais próximos daquilo ou daqueles que os move, logo, melhores pessoas. No fundo, pessoas mais vividas, ricas, tolerantes, justas, criativas, numa palavra, mais sábias. "

Por PEDRO STRECHT
Retirado do PúblicOnline

quarta-feira, setembro 15, 2004

 

Investimento Português na Educação

Que Universidade? dá-nos conta de um artigo publicado no PúblicOnline. Neste artigo é abordado o investimento na educação, onde é realizada uma comparação entre o investimento em Portugal e o investimento noutros países. A consultar!

terça-feira, setembro 14, 2004

 

Revista Mecatrônica

Mensagem enviada pela Associação Portuguesa de Mecatrónicos:

"Caro colega,

Durante as negociações que decorrem com a Editora Saber foi-nos dito o
seguinte:

"(...)Coloco à disposição da Associação Portuguesa de Mecatrônicos a
possibilidade de publicação de trabalhos técnicos voltados para a
tecnologia mecatrônica, assim como idéias, sugestões, críticas ou
qualquer outra notícia referente a tecnologias ou ao exercício da
profissão de mecatrônico.
Em breve, estarei enviando os assuntos que iremos abordar no ano de
2005 na Mecatrônica Atual e as normas para a publicação de trabalhos.
(...)"


Julgo que será importante a publicação deste texto no vosso Blog.
Os artigos poderão ser enviados para a APM para serem reencaminhados
para a Editora Saber.


Sem outro assunto,
Os nossos melhores cumprimentos,


Hugo Guimarães
(Presidente da Direcção)"



Meus agradecimentos à APM por esta oportunidade!

 

Porto é a universidade mais procurada

"ISCTE tem maior taxa de ocupação e Universidade dos Açores preencheu apenas 63% das vagas.

A Universidade do Porto foi a mais procurada pelos candidatos ao ensino superior no concurso de acesso deste ano. Um estudo feito pelo Ministério da Ciência, Inovação e Ensino Superior revela que cerca de cinco mil estudantes escolheram como primeira opção concorrer a esta escola e, talvez por isso seja a escola com as médias de entrada mais elevadas em diversas áreas.

Na lista das mais concorridas segue-se o Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas (ISCTE) que teve 1100 candidatos que escolheram esta escola como primeira opção. A Universidade da Madeira recebe a medalha de bronze no ‘ranking’ das mais requisitadas. Seguem-se as universidades Técnica de Lisboa, Nova de Lisboa, Aveiro, Coimbra e Minho. A Universidade de Lisboa surge na 10ª posição, em termos de indicadores da procura. Depois seguem-se o Algarve, a Beira Interior, Évora, Açores e em último lugar a UTAD. A medalha de ouro dos institutos politécnicos vai também para a cidade do Porto.

Três universidades com menos de 80% das vagas preenchidasA Universidade dos Açores é, pela segunda vez, a universidade com a mais baixa taxa de ocupação. Apenas 63% das vagas disponíveis foram ocupadas. Em segundo e terceiro lugar surgem as universidades públicas do sul do país: Évora e Algarve. Quatro universidades têm uma taxa de ocupação abaixo dos 80%.

Apesar disso, a taxa de ocupação média registada nas universidades foi de 85%, o que é ligeiramente superior ao valor registado no ano passado. Um fenómeno registado também nos institutos politécnicos.

O ISCTE voltou a ser a escola com a taxa de ocupação mais elevada conseguindo preencher todas as vagas na 1ª fase de candidaturas. Em segundo lugar surge a Universidade Técnica de Lisboa e em terceiro a Universidade do Porto. Coimbra fica em quarto lugar entre as instituições com a mais elevada taxa de ocupação, seguida das universidades de Lisboa, Nova de Lisboa, Lisboa, Minho e UTAD, todas elas com mais de 80% das vagas preenchidas. É também no Porto que se situa o instituto politécnico com a mais elevada taxa de ocupação. "

Retirado do Diário Económico

domingo, setembro 12, 2004

 

Prof. Doutor João Figueiredo, entrevista ao Diário do Sul


Em entrevista ao Diário do Sul, o Professor João M. G. Figueiredo, director de Curso de Engenharia Mecatrónica, fala-nos da recente licenciatura em Engenharia Mecatrónica.

"(...) A Eng. Mecatrónica surge de uma actualização natural da Eng. Mecânica resultante da evolução tecnológica das máquinas que hoje se encontram em funcionamento nas indústrias, nos automóveis, nas nossas casas...(...)
(...) A engenharia mecatrónica é pois a resposta da universidade às solicitações tecnológicas da sociedade, no domínio concreto da Engenharia Mecânica. O Engenheiro Mecatrónico tem uma formação académica bastante mais actual e efectiva, relativamente ao contexto de trabalho que irá enfrentar após a conclusão da licenciatura, relativamente ao tradicional engenheiro mecânico, já que o engenheiro mecatrónico domina duas tecnologias: a mecânica e a electrónica. (...)

(...)O passado ano lectivo de 2003/2004 foi, efectivamente, o primeiro ano em que a Engenharia Mecatrónica, da Universidade de Évora, figurou no guia de acesso ao ensino superior público. O ministério da Ciência e Ensino Superior conferiu 22 vagas a esta licenciatura. O resultado final, após a colocação dos candidatos das duas fases do concurso nacional e das transferências de curso de outros estabelecimentos de ensino superior, saldou-se num enorme êxito desta licenciatura, dado terem sido inscritos 23 novos alunos na licenciatura em Eng. Mecatrónica (superado em 1 o número de vagas atribuído).
Este número é revelador do interesse do curso, também pelos seus candidatos, que agora estão mais atentos às saídas profissionais conferidas pela licenciatura em que decidem ingressar.
Se observarmos o panorama nacional da colocação de candidatos nas universidades públicas, verifica-se que o preenchimento integral das vagas num curso de Engenharia Mecânica/Electrónica, só tem paralelo nas mais prestigiadas Universidades nacionais do litoral. A Universidade de Évora, com a licenciatura em Eng. Mecatrónica encontra-se a par da “best practice”. (...)


(...) relativamente ao concurso geral de acesso ao ensino superior, a licenciatura em Eng. Mecatrónica possibilita também uma via de acesso especial aos detentores de Cursos de Especialização Tecnológica - CET - nível 4, conferidos pelo IEFP – Instituto do Emprego e Formação Profissional. Nesse sentido é assinado hoje na Universidade de Évora, um protocolo entre esta Universidade e o IEFP.(...)

(...)o pequeno número, em termos absolutos, de candidatos aos cursos tecnológicos, e nomeadamente aos cursos de engenharia, colocam-nos, actualmente, no ranking das profissões mais procuradas e consequentemente mais bem remuneradas a nível nacional. Curiosamente, o jornal Expresso, de 26 Junho de 2004, publicava um destacável Guia do Estudante – saídas profissionais, onde apresentava uma estatística das 10 licenciaturas mais valorizadas pelo mercado (maior remuneração) onde, para além da totalidade das Engenharias de cariz industrial, que ocupavam 7 dos 10 lugares do ranking, onde se enumeravam, explicitamente, as Engenharias Electrónica/ Mecânica/ e Electromecânica.
Relativamente à Eng. Mecatrónica, também usualmente referida como um update da Engenharia Electromecânica, tem as suas saídas profissionais, referidas seguidamente, por ordem de licenciados absorvidos, 1) Indústria (Automóvel, de Componentes, de Produção/Distribuição de Energia), 2) Serviços (Auditoria Técnica, Consultadoria, Projecto Mecatrónico, Manutenção de Equipamentos, Assistência Técnico-Comercial).(...)


(...)A Engenharia Mecatrónica é um factor de desenvolvimento industrial para a região de Évora, em particular. Com efeito, um forte estímulo para a criação de uma licenciatura em Engenharia Mecatrónica na Universidade de Évora, veio efectivamente de fora da Universidade de Évora, concretamente da maior empresa industrial da região, a Tyco Electronics, anteriormente Siemens SA, que estabeleceu, em 1999, um protocolo de cooperação com a Universidade de Évora, onde se definiam, explicitamente, duas linhas de cooperação, nomeadamente a criação de um curso de Engenharia de cariz industrial para explorar as necessidades de recrutamento das empresas industriais da região e a colocação de alunos finalistas em estágio, nessa unidade industrial. Este convénio mantém-se activo, desde essa data, figurando hoje, a Tyco Electronics, como o maior empregador dos Engenheiros de Produção Industrial e Energia, da Universidade de Évora, actualmente Eng. Mecatrónicos. A EPCOS é a segunda unidade industrial, de Évora, com maior número de Engenheiros Mecatrónicos, da Universidade de Évora, nos seus quadros técnicos.(...)

(...)No futuro, novas oportunidades se abrem a estes licenciados para contribuírem para o desenvolvimento desta região, nomeadamente no âmbito do projecto da instalação da nova central de energia solar, tendo a Universidade de Évora já sido contactada sobre a possibilidade de cooperação no âmbito deste projecto, também no âmbito do controlo e automatização da rede de rega do Alqueva haverá, certamente, interesses mútuos de colaboração Eng. Mecatrónica - Universidade/Empresas."

Entrevista e fotografia – Gisélia Silva


A ler na íntegra no site do curso de Engenharia Mecatrónica.

 

Seis em cada dez alunos candidatos ao Superior ficaram colocados na sua primeira opção


Uma notícia a acompanhar no Publico.PT.

 

aLANtejo Party 2004


O Núcleo de Estudantes de Engenharia Informática organiza a aLANtejo Party 2004, este evento será composto por 3 dias temáticos; o primeiro dedicado à Internet, o segundo às Novas Tecnologias e o terceiro será dedicado ao Free/Open Source Software.
A aLANtejo Party decorrerá na cidade de Évora nos dias 7, 8 e 9 de Outubro. Consulte o programa.

sábado, setembro 11, 2004

 

MEDICINA RECEBE ALUNOS COM MENOS DE 18 VALORES


"Pela primeira vez em oito anos há alunos que conseguiram entrar no curso de Medicina com menos de 18 valores. Segundo apurou o CM, em quatro universidades as últimas notas de entrada na 1.ª fase de candidatura nacional ao Ensino Superior foram as mais baixas desde 1996. Em todos os cursos de Medicina a nota do último colocado foi mais baixa que em relação a 2003."

Notícia a acompanhar no Correio da Manhã, no Publico.PT, e PublicOnline.

 

Comunicado – Aos Proprietários Eborenses

Comunicado da Associação de Estudantes da Universidade de Évora aos Proprietários Eborenses:

"Comunicado – Aos Proprietários Eborenses
Aos Munícipes de Évora

Os estudantes desempenham um papel muito importante no seio desta cidade património Mundial. Évora acolhe uma população estudantil numerosa e que nela faz a sua vida durante os anos de estudo.

Grande parte destes estudantes, são oriundos das mais diversas zonas do país, tendo assim que muitos deles adoptar a Cidade de Évora como seu local primordial de habitação.

Dentro em breve, esta cidade será ‘invadida’ por cerca de mais mil novos alunos, ávidos de conhecimento e descoberta. Grande parte destes estudantes vão procurar na cidade respostas as suas necessidades, nomeadamente habitação.

É assim importante que os eborenses estejam cientes da importância de colaborar com este sangue novo. A oferta de condições condignas e o respeito pela pessoa humana são condições indiscutíveis na construção de uma relação duradoura entre pessoas.

Assim sendo, vem a Associação de Estudantes da Universidade de Évora pedir a todos os cidadãos que possuam casas para alugar a estudantes na cidade de Évora que colaborem tanto com os estudantes, bem como a Associação de Estudantes da Universidade de Évora, na promoção de alojamento com qualidade.

Para que este objectivo seja alcançado, pedimos aos Senhores proprietários que se dirijam a AEUE cadastrando assim a habitação para aluguer, sendo alvo de certificação de habitabilidade, que permitirá a sua divulgação junto aos estudantes.

Certos do interesse na satisfação de todas as partes envolvidas neste processo, e afirmando que a Associação de Estudantes da Universidade de Évora, irá desenvolver esforços para garantir a qualidade e a equidade nas relações estabelecidas entre estudantes e a sua nova cidade.

Évora dia 2 de Setembro de 2004-09-02

Pela AEUE

O presidente

João Carlos Rebelo Correia"


Retirado da secção 'Notícias' do site da AEUE.

sexta-feira, setembro 10, 2004

 

Associação Académica de Coimbra rejeita exclusões por falta de pagamento de propinas


"A Associação Académica de Coimbra (AAC) comprometeu-se hoje a defender "até às ultimas consequências" os estudantes ameaçados de exclusão da universidade por não disporem de meios para pagar as propinas.

"Lutamos pelo ensino superior universal e gratuito e jamais admitiremos que a secular Universidade de Coimbra ponha em causa um direito fundamental de todos os homens, o direito à educação", afirmou, em conferência de imprensa, Miguel Duarte, presidente da instituição.

Para apoiar os estudantes com dificuldades financeiras, a AAC inaugurou hoje um gabinete para receber as queixas e as encaminhar aos responsáveis da universidade.

Recentemente, os estudantes foram confrontados com a sanção de não se poderem matricular no novo ano lectivo sem os pagamentos das propinas regularizados. Alguns deles têm uma situação de incumprimento de vários anos, por terem aderido a sucessivos boicotes.

Em Agosto, o reitor da Universidade de Coimbra, Seabra Santos, criou um sistema de pagamento faseado das propinas em atraso, para ajudar os estudantes a saldá-las, mas, segundo a AAC, "há muitos em pânico", por não disporem de meios económicos para suportar o encargo.

Ao receber a informação da dificuldade do estudante, o gabinete ajuda-o a elaborar uma carta, e remete outra da AAC, alusiva à situação específica, e dirigidas ao reitor e ao administrador do Serviço de Acção Social.

"Queremos que a universidade assuma o compromisso de não excluir ninguém. Ninguém ficará excluído enquanto a AAC existir. Lutaremos até às últimas consequências", assegurou Miguel Duarte, frisando que a própria ministra da Ciência e do Ensino Superior assumiu o compromisso de não excluir estudantes por dificuldades económicas.

Para o presidente da Associação Académica de Coimbra, esta situação é "particularmente injusta", porque foram os estudantes boicotantes que ajudaram as universidades a demonstrar que não conseguiam sobreviver com os montantes das transferências do Orçamento do Estado."

Retirado do Publico.pt

quinta-feira, setembro 09, 2004

 

Bolonha aqui tão perto.

Um artigo a seguir no outroolhar.

 

Os Novos Descobrimentos - Mais Barcos, Mais Partidas, Mais Chegadas

Os FísicoLx chamam à atenção para um artigo de José Pacheco Pereira, publicado no PublicOnline.

"(...) São os Descobrimentos porque, como no século XV, estamos numa fronteira, numa fronteira que atravessamos umas vezes devagar, outras vezes com tanta força que todo o saber coligido em milénios pode ser alterado num único fluxo de informação recebido de uma máquina longínqua, que emite com a força de uma lâmpada caseira, a milhões de quilómetros de distância, para um ouvido gigantesco em Espanha ou na Austrália. São os Descobrimentos porque a potencialidade para se revolucionarem variadíssimos ramos de saber, dos mais centrais para o nosso conhecimento do universo como a astronomia, a física, a química, e dos mais centrais para o conhecimento do humano, como a biologia, abre-se todos os dias com passos de gigante. A possibilidade real de encontrarmos neste século qualquer forma de exobiologia, vida extraterrestre, mudar-nos-á como a revolução de Copérnico, mais a de Darwin, mais a de Freud, todas juntas. Lá fora, na imensidão que nos rodeia, só há surpresas à nossa espera e ainda bem.

Ora nós, que fizemos os primeiros Descobrimentos, não deveríamos ficar à margem dos segundos. Corremos o risco de ver os navios partir, os navios chegar e não sabermos nem para onde vão, nem o que trazem, nem o que mudou nas cabeças dos homens que lá estão. Num sistema de ensino arcaico, em que "saber" é saber uns rudimentos decorados de humanidades e onde tudo o que diga respeito à ciência é uma calamidade, com resultados trágicos em matemática e física, o conhecimento científico depende muito de uma educação pela curiosidade. Nada melhor para essa educação do que a "história a fazer-se", os Descobrimentos em acto, e por isso eu preferia que do ensino básico ao secundário houvesse professores que o soubessem, houvesse escolas que o permitissem, houvesse maleabilidade curricular que o aproveitasse, passar estes dias ligados à NASA a falar do que está a acontecer em tempo real."

Por JOSÉ PACHECO PEREIRA.

 

Cápsula da missão Genesis despenha-se no deserto do Utah


"A cápsula que transportava partículas solares da missão norte-americana Génesis despenhou-se, esta quarta-feira à tarde, no deserto de Utah, oeste do EUA, quando estava previsto ser recolhida por um helicóptero em pleno ar.

(...)Entretanto, Teresa Lago, investigadora do Centro da Astrofísica e da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto, explicou à TSF que ainda cedo para perceber se os delicados «pedacinhos de sol» ficaram estragados, pois é necessário apurar, primeiramente, em que condições as amostras foram acondicionadas.

«Foram tomadas medidas para tentar preservar a qualidade da amostra escolhida, mesmo no caso de haver um impacto, que era o mais provável de acontecer. Esta sonda podia trazer a inovação de fazer um análise laboratorial com mais detalhe e rigor do que é feito por espectroscopia», disse Teresa Lago.

A investigadora lembrou que «se perde a possibilidade de análise directa laboratorial», no caso do material estar «contaminado» e de não «ter sido preservado o seu isolamento durante o impacto».(...)"


Retirado da TSF.


Mais detalhes no site da Nasa.

 

Passeio de estudantes a zero-g


Estudantes Europeus tiveram oportunidade de fazer um passeio a zero-g. Este passeio foi proporcionado pela Agência Espacial Europeia.
A simulação foi realizada na aeronave 'Airbus-300 Zero-G', esta aeronave é utilizada para voos parabólicos, concebida inicialmente para treinar astronautas, tais voos são usados hoje por agências e por indústria do espaço para desenvolver e testar experiências e equipamento da ciência, geralmente destinados para voar no espaço.
Dois estudantes do Departamento de Física da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto, participaram nesta experiência. Todos os participantes concordam que foi uma experiência única, a possibilidade original de sentir o 'weightlessness' (falta de peso).
Esta notícia pode ser acompanhada com maior detalhe no Diário de Notícias (notícia antes do evento), e no site da ESA (notícia após o evento).

quarta-feira, setembro 08, 2004

 

Reitores e estudantes criticam proposta de OE

Universidades vão receber mais 4 milhões de euros que em 2004.

As universidades públicas vão receber cerca de 711 milhões de euros no próximo ano. O acréscimo de quatro milhões de euros comunicado pela ministra da Ciência, Inovação e Ensino Superior às instituições, na quarta - feira aos responsáveis pelas instituições “soube a pouco”. As críticas de reitores e estudantes aos “plafonds” comunicados não se fizeram esperar. Para Adriano Pimpão, presidente do CRUP, esta verba representa apenas “aproximar-se do valor que foi transferido há dois anos”. O reitor alertou a ministra para as “dificuldades das instituições em sobreviver a três anos de cortes consecutivos nas transferências do OE”. Os limites de crescimento do OE das instituições definidos na fórmula de financiamento, entre 1,2% e 1,8%, acabam por significar que as instituições com maior qualidade acabam por ser penalizadas. Mesmo que as universidades tenham muitas unidades de investigação com Excelente e um número de doutorados elevado nunca poderão ter um crescimento de OE superior a 1,2%. Na prática, o financiamento da qualidade fica sempre condicionado pela disponibilidade orçamental.

Também a associação de estudantes da Universidade de Évora critica a ministra alegando que a proposta de OE 2005 representa apenas “um aumento de cerca de meio ponto percentual, revelando mais uma vez o claro desinvestimento no ensino superior público”. Se o valor da inflação é a referência para a actualização do valor das propinas “a taxa de inflação deveria ser a bitola para o cálculo do valor a atribuir a universidades e politécnicos”, sublinha-se no comunicado assinado por João Correia, presidente da associação de estudantes.

A nova fórmula de financiamento das instituições de ensino superior prevê que os cortes no orçamento das universidades para o próximo ano não podem ultrapassar os 4%, relativamente ao OE deste ano. Um limite fixado porque algumas instituições estavam em risco de ter quebras financeiros acentuadas - na sequência da diminuição de 9% no número de alunos - , justifica a ministra, o que colocaria em risco o pagamento de “despesas correntes”. Existe também um tecto que limita o crescimento dos orçamentos: 1,2% para as universidades e 1,8% para os institutos politécnicos. Uma discriminação positiva dos institutos explicada, pelo facto dos politécnicos serem prejudicados por não receberem bonificações em função das classificações obtidas pelas unidades de investigação porque quase não as têm, nem receberem verbas para a formação avançada, como as universidades. O modelo introduz algumas novidades: “Parte do orçamento padrão pessoal da formação inicial, 10%, é indexado a dois índices de qualidade”, revelou a ministra. Mas os graus académicos a ter em conta para os dois sistemas são diferentes: nas universidades, os doutorados têm um peso de 2%, nos politécnicos são os mestres que são contabilizados. Outros dos “indicadores de qualidade é a classificação das unidades de investigação”. As universidades que tiverem um maior número de unidades com Excelente receberão mais verbas.

A fórmula prevê que 15% das verbas sejam para despesas de funcionamento e 85% para despesas de pessoal.

Doutores dão mais dinheiro às universidades
A ministra revelou que continua a fazer o cálculo de referência nos orçamentos com base na previsão do número de alunos em formação inicial. Em “cada instituição essas verbas são calculadas a partir da remuneração média do pessoal acrescidas do valor das despesas da escola. A fórmula continua a financiar a parte escolar da formação avançada, tal como no ano passado. A hipótese de reduzir essa verba, inicialmente ponderada, foi afastada.

Discriminação positiva dos politécnicos
Tal como Graça Carvalho tinha prometido a fórmula acaba com a discriminação entre as verbas a transferir para as universidades e politécnicos. A versão final prevê que os dois subsistemas recebam 80% do orçamento padrão. Recorde-se que a fórmula, do ano passado, previa que os institutos politécnicos recebessem apenas 75%.

A proposta inicial da fórmula apresentada previa um corte na percentagem dos custos da parte escolar da formação avançada - mestrados e doutoramentos - transferidos pelo Estado. Depois dos protestos das instituições a ministra recuou e manteve o financiamento igual para os licenciaturas e parte escolar da formação avançada. Outro dos pontos que causou alguma discórdia foi a proposta da ponderação de doutorados e mestres. Mas, neste ponto, a ministra acabou por ceder às reivindicações.

Um artigo de Madalena Queirós , retirado do Diário Económico.


Muito se fala do orçamento de estado, e muito está por dizer. Neste artigo do Diário Económico é possível verificar os critérios de atribuição orçamental e as injustiças na aplicação da fórmula de financiamento. Uma referência à crítica protagonizada pela Associação de Estudantes da Universidade de Évora.

terça-feira, setembro 07, 2004

 

Pelas vítimas da tragédia de Beslan



segunda-feira, setembro 06, 2004

 

AEUE contesta orçamento para Ensino Superior

Nas notícias do site da AEUE, pode-se ler o seguinte:

"A Associação de Estudantes da Universidade de Évora (AEUE) assegura o próximo ano lectivo se caracterizará pela manutenção da contestação às políticas educativas. Em comunicado, os estudantes de Évora dizem que o aumento de meio ponto percentual só agravará o estado deficitário em que se encontra o Ensino Superior Publico Português e que vai empurrar as instituições para valores de propina «gritantemente injustos».

«A Senhora Ministra da Ciência e Ensino Superior, brindou mais uma vez os “seus” estudantes com mais um bónus. Aumentou em cerca de 4 milhões de euros o orçamento para o Ensino superior. Este valor representa um aumento de cerca de meio ponto percentual em relação ao ano anterior, revelando mais uma vez o claro desinvestimento no Ensino Superior Publico Português. O aumento de meio ponto percentual só vem agravar o estado deficitário em que se encontra o Ensino Superior Publico Português, empurrando as Instituições de Ensino Superior e seus alunos para valores de propina gritantemente injustos, agravando assim a carga económica suportado pelo agregado de um estudante do Ensino Superior», refere a nota assinada pelo presidente da AEUE, João Correia.

Diz a AEUE que, comparando com o que tem sucedido nos últimos dois anos, «facilmente se vislumbra que este acréscimo não é realista». "


No NotíciasAlentejo.pt é acrescentado:

"«No ano anterior, o orçamento dotado para o Ensino Superior Público sofreu um corte de 7 milhões de euros. Assim sendo o acréscimo de 4 milhões representa ainda um défice de cerca de 3 milhões (sem contabilizar a taxa de inflação), podendo se assim facilmente concluir que, na realidade, o passo dado é parco face tão grande desinvestimento e tão grandes necessidades», explica o comunicado.

Os estudantes de Évora recordam também que em Novembro de 2003 foram anunciadas novas 5000 bolsas para o superior, mas que no ano anterior tinham sido retiradas cerca de 7000.

«Sendo assim este o cenário, os estudantes das Universidades e Politécnicos não irão decerto abrandar a contestação, e reafirmaram as posições onde tiverem de o fazer, nunca perdendo a razão e desmascarando sempre as “irrealidades” desta politica educativa», conclui o comunicado. "

A promessa de uma atitude activa, na contestação às políticas educativas!

 

A Esquerda Enganou-se - (Grandes Esperanças) (A Grande Ilusão)

Dois artigos a não perder, publicados no Público:
A Esquerda Enganou-se - I (Grandes Esperanças) Por ANTÓNIO BARRETO
A Esquerda Enganou-se - II (A Grande Ilusão) Por ANTÓNIO BARRETO

Aqui fica um 'cheirinho' para aguçar a curiosidade:

"(...) Muitas outras realidades são hoje suficientemente conhecidas e deveriam já ter proporcionado uma séria reflexão, tanto das esquerdas como de todas as outras orientações de políticas educativas. O acesso indiscriminado, independente do mérito, ao ensino superior, é seguramente uma das causas do desperdício público (e familiar) que representa uma taxa de abandono de 50 por cento do total de matrículas. O que actualmente denota mais fortemente a desigualdade social não são as diferenças no acesso aos estudos, mas sim o abandono. O crescente desemprego de diplomados pelas universidades revela uma razoável desadequação da formação à vida económica. A eliminação das diferenças curriculares nos níveis escolares ulteriores aos primeiros nove anos de escolaridade, feita em nome da igualdade social, não criou, ao que se sabe, nenhuma dinâmica nova de igualdade de oportunidades. O clima de facilidade e o ambiente de aprendizagem lúdica não têm aumentado os conhecimentos dos jovens das classes populares, nem das médias, e talvez tenham alguma responsabilidade (difícil de medir) nos resultados nacionais em matemática, português e física, dos piores do mundo.

Finalmente, a desigualdade social tem-se vindo a manifestar de modo marcado com o desenvolvimento das escolas básicas e secundárias privadas. Não parece que estas recrutem melhores professores, que devem ser, em qualidade e competência, semelhantes aos seus colegas do ensino público. Acontece que a escola oficial se tem geralmente degradado, enquanto a particular tem mantido melhor organização, mais eficiente gestão e um superior clima de disciplina. A "ideologia educativa" em vigor é a grande responsável pela desorganização da escola pública e contribuiu assim, ao fomentar a procura do ensino privado pelas classes médias, para o aumento da desigualdade. Não sendo imaginável que um governo queira, nem num futuro longínquo, proibir a escola privada, esta desigualdade só será travada com um colossal esforço de organização e de disciplina no ensino público. O que não parece estar em vias de acontecer.

É verdade que, até meados ou finais dos anos setenta, o orçamento público para a educação (em percentagem do produto nacional) era, em Portugal, absurdamente reduzido e insuficiente. Depois, começou a subir de modo regular, até atingir níveis significativos, superiores a muitos países europeus. Há quase vinte anos que o sector é de facto a prioridade social do país e dos governos. Ora, os progressos reais na educação, nas taxas de aproveitamento, nos níveis de conhecimento, nos graus de formação científica, cultural e profissional, não parecem ser proporcionais a tão relevante aumento da despesa nacional pública (paralelo, aliás, ao aumento da despesa privada das famílias também com a educação). Estas são correlações difíceis de fazer, mas os indicadores conhecidos (analfabetismo funcional, preparação técnica da força de trabalho, duração média das licenciaturas e taxas de abandono antes do fim da escolaridade obrigatória, mas também no secundário e no superior, etc.) assim como os maus resultados, em termos internacionais, obtidos pelos alunos portugueses, sugerem que a melhoria da educação está muito aquém dos aumentos dos orçamentos. (...)"

 

O Paradoxo da Educação em Portugal: 2ª Parte

"(...) É necessário que exista uma reformulação de todo o esquema de formação de professores, de acessos ao mercado de ensino no fundo, pois se os alunos são indispensáveis neste modelo, os professores são a pedra de toque e uma pedra de toque que não se sinta vocacionado para dar aulas vai emperrar o modelo.Assim, resolver o problema da educação em Portugal e ao mesmo tempo do Ensino Superior, passa por afectar correctamente e em colaboração mais estrita do que actualmente é efectuada com o INE, um preenchimento das necessidades de mercado face aos númerus cláusulus, respeitando assim a lei de mercado. Depois , o nosso país, tem de uma vez por todas a ideia que todos temos que ter um canudo, e apostar de uma forma eficiente e em clara interligação com o mercado empresarial na realização de cursos de especialização de determinadas profissões técnicas, tidas como de segunda linha mas de importância extrema. Mais importante que tudo é definir hoje uma política supra-partidária, no que à educação diz respeito. Decidir hoje o que queremos ter daqui por 10 anos, e porque não olhar para o exemplo da educação irlandesa e o modelo adoptado. (...)"

Excerto de um artigo a ler na Grande Loja do Queijo Limiano.

domingo, setembro 05, 2004

 

Reunião com a APM II

Na continuação do post anterior, uma segunda mensagem da APM:

"Caro Colega,
Sinto-me na obrigação de insistir para que possa comparecer na reunião
da direcção da APM, pois considero ser uma reunião de extrema
importância para o futuro e continuidade da APM e, por arrastamento, da
Mecatrónica. Para esta reunião tinha pensado em conversar sobre a
possibilidade da criação de um núcleo estudantil da APM em Évora (uma
espécie da Associação de Estudantes mas directamente ligada à APM). Não falei com os restantes membros da direcção, mas assumo desde já o
pagamento da vossa deslocação ao Entroncamento se for esse um dos
motivos que impeça a vossa presença na referida reunião. A hora da
reunião também poderá ser alterada de acordo com a vossa
disponibilidade.

Esperando que este e-mail possa contribuir para a vossa presença na
reunião do dia 11,
Os nossos melhores cumprimentos,
Hugo Guimarães
(Presidente da Direcção) "



Foi enviada a seguinte resposta:

"Caro colega,

A vontade de comparecer à reunião é muita, mas infelizmente antes do início do ano lectivo será impossível para mim comparecer. Ainda não obtive qualquer resposta dos meus colegas, de qualquer forma só tenho o contacto de alguns colegas, e por ser férias, alguns não verificam regularmente a caixa de correio electrónico.
A minha sugestão é que seja marcada a reunião para Outubro, nessa altura as aulas já estarão a decorrer, e tenho a possibilidade de conversar directamente com os meus colegas sobre este assunto. O melhor local talvez seja aqui em Évora, uma vez que se torna difícil uma deslocação até ao Entroncamento.
Agradeço a atenção prestada, tenho a certeza que conseguiremos arranjar uma data compatível às duas partes.

Cumprimentos,
Meca"


sexta-feira, setembro 03, 2004

 

Reunião com a APM I

Como foi anunciado neste blogue, a APM pretende promover uma reunião com os alunos de Engenharia Mecatrónica da Universidade de Évora. A propósito deste assunto recebi a seguinte mensagem:

"Caro Colega,
De acordo com os e-mail's trocados anteriormente, venho por este meio propor que nos encontremos no dia 11 de Setembro (sabado) às 19h na sede provisória da APM, no Instituto Superior de Transportes e Comunicações - Entroncamento, para uma reunião com a direcção da APM.
Esperando ir ao encontro da sua disponibilidade,
Os nossos melhores cumprimentos,
Hugo Guimarães
(Presidente da Direcção)"


Á qual respondi o seguinte:

"Com muita pena minha, não será possível deslocar-me até ao Entroncamento, no entanto, reencaminharia esta mensagem aos meus colegas para saber se alguém estará disponível para comparecer na referida reunião.

Atenciosamente,

Cumprimentos,
Meca"


 

O Paradoxo da Educação em Portugal: 1ª Parte

"(...) Numa altura, em que e ao que parece o Orçamento de Estado irá contemplar mais 4 Milhões de Euros para o Ensino Superior, o que implicará um gasto total de 711 Milhões de Euros, apenas para as universidades, torna-se relevante colocar um conjunto de questões que nos interessam a todos.

Inevitavelmente chegamos à conclusão ...

Que o Ensino Superior em Portugal deve ser de uma forma geral, redimensionado as necessidades do mercado de trabalho, e sobretudo dotado de mais e melhores infra estruturas, que permitam uma fortíssima aposta na investigação e no desenvolvimento, essencial, segundo relatórios externos para o desenvolvimento de Portugal.

(...)Outro problema que normalmente fica esquecido na análise do ensino superior em portugal, prende-se com a natural e desejada afectação das vagas e cursos superiores às necessidades de mercado. È isto só é possível se optarmos claramente por controlar a expansão das universidades privadas. È inadmíssível para um Estado pobre em recursos financeiros, permitir que este despesismo continue. E despesismo em duplo-sentido, primeiro nas despesas de investimento em cursos que não têm saídas profissionais, e depois acrescido dos naturais subsídios e fundos de desemprego de récem-licenciados que apenas conseguem trabalhar 6 meses.

Ignorar este problema, significa não querer começar por resolver o problema por onde ele tem que se resolvido, e taxativamente falta de coragem em afirmar que mais licenciados não significam melhores licenciados e muito menos um melhor país.

Mas até que ponto deve ela ser gratuita ? Até que ponto não falamos de excesso de governamentalização na educação ?"

Um artigo de Grande Loja do Queijo Limiano.

É boa verdade que grande parte dos cursos do ensino superior estão desajustados ao mercado profissional. Em parte concordo com o António, mas por outro lado, deverá ser o aluno a pagar por uma má política de ensino num pais em que se paga impostos por tudo e por nada e no qual o poder de compra é dos mais baixos da Europa? Não me parece!

Ao que parece, segunda-feira há mais do mesmo!

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